07 abril 2013

Eu sei que sentes o vento quando ele, suavemente te toca e te transforma em algo doce. A tua presença sempre me tornou mais solta, livre como um pássaro. Mas a certa altura sofremos um abanão, porque algo intervem no que costumava ser uma vida pouco atribulada, e tornamo-nos em monstros, vulneráveis em sentimentos, que não sabem o que fazer a não ser tornar aqueles que os rodeiam em bichos iguais. Sentimo-nos incapazes de decifrar os dias que se aproximam, tornando-os sujos. Transformamo-nos vezes sem conta, suscitando interesse pelas adversidades constantes que sozinhos enfrentamos, para que o amor não morra nos dias de alma acorrentada. Deixa-me triste quando penso na ausência do habitual, do que não era fingido, do interesse a que estava acostumada. Apos ultrapassar as estações  quero-te dizer que ainda estou aqui, que ainda sou eu, a pessoa que conheceste, a pessoa que não precisava de se transformar em monstro para que fosse indiferente, a pessoa que cuja vida não era atribulada ate te conhecer.

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