06 janeiro 2012

Era tão bom se nos compreendêssemos todos uns aos outros.. e tão mais fácil. Então, procuramos perceber as respostas e só depois as perguntas, como uma espécie de isolamento do necessário. A cura só é apressada, ordenada e extremamente caótica. Há portanto, diferentes meios e por isso diferentes fins.. mas encontro-me revista de visões que se propagam, que se sentem em qualquer parte do corpo e que, infelizmente, não se controlam. O que motiva as nossas ações? O que é que realmente me faz sorrir? Talvez quem procura e encontra. As vozes na minha cabeça são cada vez mais constantes. Insistem em repetir: ‘Aguenta, aguenta..’ vezes sem conta. É desgastante. Mas não interessa, aguentar é somente uma possibilidade.  Não consigo aceitar a tristeza, pelo simples facto da esperança pelos dias bons, em que sorrir não custa nada, em que não tenho que olhar pra trás para ver quem me segue as pisadas, quando a segurança é ter alguém que caminhe connosco, ao nosso lado, quando não deixámos de perceber que o que passa por nós não é irrelevante e que o sofrimento e a dor se curam até com um aperto de mão. (mas) os dias estão e são todos iguais e sinto-me, às vezes, uma idiota por me afeiçoar tanto às pessoas. Mas a culpa não é vossa. Nem minha. Eu só não quero esquecer. Não quero ser obrigada a tal coisa. Eu sei que não vais embora, sei porque ainda nem vieste. Mas certamente virás e irás, tal como todos a que me entrego. ‘Aguenta, aguenta..’

6 comentários:

Maria disse...

ai que és tão linda!

ines disse...

E temos de aguentar

disse...

"Eu sei que não vais embora, sei porque ainda nem vieste" olha ivone,que génio

disse...

"Eu sei que não vais embora, sei porque ainda nem vieste" olha ivone,que génio

Ana Lima Almeida disse...

sempre bem ivone!

inês alves disse...

é um desgaste,quase, impossível de aguentar, mas 'aguenta,aguenta'.