Pode ser que um dia acordemos com um novo motivo, uma nova
intenção. Esquecemo-nos de tudo… um dia. É assustador. As estrelas que outrora
apanhámos fugiram… estavam fartas de andar escondidas, disseram-me. Percebi o
absoluto e o óbvio. Aproximei-me e despedi-me. Assisti ao seu destino, impávida
e impotente, um tanto ou quanto serena. Sei que deixaram o cheiro na gaveta, a
tua imagem na minha rotina e a tua presença, mesmo que essa teime em não me
abandonar, num lugar da minha cabeça. É agora que podes ser dono da tua vida. É agora, através da vontade
que podes ser e ter aquilo com que sempre sonhaste. És o meu avesso, portanto.
Numa etapa passada, tentei explicar-te a distância, que mesmo assim as pessoas
têm muito para dar, puxei-te para mim e tu deixas-te, inconscientemente.
Entretanto desististe e eu acabei por te seguir as pisadas. Aprendi a respirar
um ar solitário e objetivo. Tenho a certeza que não vais voltar e mesmo assim
estou feliz, muito feliz. Percebo que o teu amor por mim era como um animal selvagem que me
chamou à atenção. Procuramos um refúgio temporário, convenci-me disso. O amor é
temporário, e raios o partam! Duas metades têm de saber ficar separadas quando
assim tem que ser, e foi o que precisamente aconteceu há bastante tempo. Tu
seguiste a tua vida linda, rodeado de quem querias, um breve e doce apaixonado,
que sempre comparei a açúcar. Mas, repara bem… eu também segui e agora sei que
não há nada que me faça voltar atrás. Juro.
3 comentários:
Obrigada doce. Escreves tão bem :'D
és forte
perfeito.
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